terça-feira, 12 de janeiro de 2010

"Encouragement"

"What men and women need is encouragement. (...) Instead of always harping on a man’s faults, tell him of his virtues. (...) People radiate what is in their minds and in their hearts."
(Eleanor H. Porter)

É muito simples falar dos defeitos dos outros. É muito simples "jogar na cara" de alguém os erros que ele cometeu. É simples, mas... não sendo uma crítica construtiva, o máximo que se pode conseguir é um inimigo, ou fazer alguém acreditar que é um zero à esquerda diante de pessoas "tão melhores que ele".

Acho que quando não se tem nada de positivo a dizer para alguém sobre ele mesmo... deve-se ficar calado. Quando a crítica que se tem na ponta da língua não ajudará a pessoa em questão a melhorar, é melhor não dizer nada.

No entanto, quando falamos das boas qualidades de alguém, ele fica tão radiante, tão feliz, sente-se tão motivado, que pode vir a se tornar uma pessoa melhor do que é. Um elogio vale muito mais do que uma crítica pela crítica.

E podemos até pensar que elogiar alguém pode deixá-lo até arrogante... Mas quando é bem colocado, no momento certo, o resultado geralmente não será esse. A pessoa se sente valorizada, sente que está sendo ouvida, que recebe atenção, que não é simplesmente mais uma na multidão. E isso é muito melhor, certamente, do que apontar seus defeitos, que todos nós temos inegavelmente, deixando-a desmotivada...

Ou, ao menos, esta é a minha opinião...
27/10/2008.

O cientificamente comprovado X Ceticismo radical e absoluto

Um dos maiores especialistas em envelhecimento do mundo afirmou - conforme foi mostrado no Globo Repórter desta sexta-feira 3 de abril - que a pessoa passa a depender dos outros quando deixa de acreditar na própria capacidade de realizar as atividades do cotidiano - quando diz "não posso", "não consigo", "já não tenho força", etc.

Isso é uma afirmação científica. Percebam: é um médico, um "homem da ciência", afirmando que de fato a forma como se pensa influencia - e mesmo controla - o corpo de uma pessoa e a capacidade física que ela terá. Nada mais desafiador para aqueles que, de maneira absolutamente cética, desconfiam do chamado "poder da mente" e dizem que ele é uma "balela" de livros de auto-ajuda.

Ora, vamos quebrar preconceitos e tabus aqui. Primeiro: pela língua portuguesa, podemos chegar à conclusão de que "livros de AUTO-AJUDA" servem para que a pessoa aprenda a ser independente na hora de lidar com sua própria vida. Isso não é ÓTIMO???

Segundo: há comprovações de ordem científica de que a forma como se afirma e se concebe as coisas na mente - ou seja, o pensamento - é, de fato, uma variável importantíssima na realização pessoal de cada um. Vale a pena, portanto, dar uma chance a si mesmo e rever os próprios pensamentos.

Terceiro: se você não está convencido disso tudo, vá procurar por si mesmo as respostas porque meu objetivo não é de modo algum convencê-lo do que quer que seja... Mas pense no que eu disse...
03/04/2009.

Ser de ferro?

"Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro." (Freud)
E eu diria mais... que temos que viver como se fôssemos não de ferro, mas de aço inoxidável. Rs

Trocadilhos infames à parte, eu estou mesmo é com o Chaplin: "Mais do que máquinas precisamos de humanidade."

As pessoas muito se orgulham de serem duronas, de não demonstrarem o que sentem, de serem fechadas, absolutamente impenetráveis. Peraí um pouco... Quem disse que isso é o mais certo, ou o melhor, ou o mais honrado modo de viver?!?!?!?!?!?!

Eu sou uma pessoa bastante transparente. Não deixo de ter meu orgulho, mas sei muito bem demonstrar meus sentimentos, deixo que eles aflorem, e não sou "menos feliz" nem tenho "menos dignidade" por ser assim. Pelo contrário.

Considero o saber demonstrar suas emoções um dom que é raro. Raro porque, ao mesmo tempo que há pessoas que não demonstram nada, há aquelas que armam um circo por causa de uma "unha quebrada". É um equilíbrio delicado o ponto entre estes dois extremos o que eu considero como sendo a "humanidade" a que se referia Chaplin.

É nesse ponto intermediário que eu me coloco. E é esse ponto que eu valorizo nas pessoas que são como eu. Ponderar, sem levar para a total racionalidade, e sentir sem levar para o completo estado de "selvageria emocional".

Transparência verdadeira, pra mim, é isso.
19/01/2009.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Aprender a ser egoísta.

Às vezes, ser "egoísta" é uma questão de sobrevivência; digo isso por experiência própria. Pensar demais nos outros é prejudicial à saúde... principalmente à saúde mental. No final das contas, a gente VIVE a vida do OUTRO e esquece a própria vida! Qual é o proveito disso?

Sim, sejamos egoístas, olhemos para o nosso próprio umbigo de vez em quando: faz bem, acredite. Quando cuidamos demais dos outros, quando estamos dispostos o tempo todo a ajudar - e a não receber nada em troca -, pode até ser bom por um lado: seremos reconhecidos, por nós e, às vezes, pelo ser humano a quem ajudamos, como pessoas "legais", pessoas bacanas e solidárias. Mas, por outro lado, perdemos a nós mesmos; perdemos o senso de limite da nossa própria capacidade de não ficarmos frustrados com o "dar sem receber". E a frustração inevitavelmente aparece, porque ninguém vai agir da forma como esperamos, e, por mais que possamos ter o desprendimento de não esperar "recompensas", acabamos sempre esperando ao menos um sinal de agradecimento pelo que fizemos. E esse sinal, mais importante que qualquer recompensa palpável, muitas vezes não vem.

É importante ser egoísta. Saber ser solidário, prestativo, ajudar os outros, é, sem dúvida, fundamental para nossa experiência, e é fundamental para podermos nos qualificar como "humanos"; ser "humano" é, dentre outras coisas, estar atento aos nossos semelhantes, e ter compaixão por eles. Mas saber cuidar também de si próprio é uma questão de sobrevivência! E não falo de atitudes prejudiciais aos outros, porque não chegaria a esse extremo do egoísmo - que iria se transformar em falta de caráter -, mas de atitudes de valorização de si mesmo, estas absolutamente saudáveis.

É, quem sabe, um dia, eu aprendo a ser egoísta.